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Histórias do Schmitão



Eu morro e não vejo tudo
(Os Três Xirus)


Eu morro e não vejo tudo, querem me enlouquecer. Eu mor- ro e não vejo tudo e sempre tem mais pra ver.

Homem casando com homem, mulher amando mulher e, nes- sa democracia cada um faz o que quer.

Na guerra contra AIDS, que leva a gente a breca, tem cami- sinha pro tcham e tem camiksola pra tcheca.

Eu morro e não vejo tudo, querem me enlouquecer. Eu mor- ro e não vejo tudo e sempre tem mais pra ver.

Com tanta mulher bonita, tem homem amando égua. Tem professor, tem aluno que adora esconder a régua. Na tela da TV rola bunda a toda hora e, a mulherada na praia anda com os tetão de fora.

Eu morro e não vejo tudo, querem me enlouquecer. Eu mor- ro e não vejo tudo e sempre tem mais pra ver.

Tem homem velho que é rico, barrigudo e feioso, se casa com mulher nova se achando muito gostosão, mas quando vira as costas a moça sai bate coxa. Bota chifre e fez festa com o dinheiro do trouxa.

Eu morro e não vejo tudo, querem me enlouquecer. Eu mor- ro e não vejo tudo e sempre tem mais pra ver.

Mulherada popozuda ta enlouquecendo os homens e, a miss me apalpa bolotas de silicone. Nas praias tem nudismo, bi- quíni e calção. O mulherio salgando o rego e os homens bronzeando o pinto.

Eu morro e não vejo tudo, querem me enlouquecer. Eu mor- ro e não vejo tudo e sempre tem mais pra ver.

Tem marido que é bonzinho e se julga bem casado. Finge que não sabe de nada, sabendo que é corneado. Tanto é a- paixonado que chama a esposa de alma gêmea. Esse tipo de mulher deve ter mel na xexenia.

Eu morro e não vejo tudo, querem me enlouquecer. Eu mor- ro e não vejo tudo e sempre tem mais pra ver.

Traficantes tão botando cimento na cocaína, os viciados tão querendo que o Procom vá para a esquina. Aliás, nosso go- verno já deu um depoimento, pra cocaína ser pura, vão con- trolar o cimento.


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