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Histórias do Schmitão




Bruno e Brunilde na Cidade
(Os Três Xirus)


Me arrumei pra i passea na citade. Aí o meu mulher já critou bem lixerrinho: - o que tu pensa seu alemom sem vergonha, não vo texa você i passea socinho.

Pra nom priga intom levei ela xunto lá em Puta Alegre pas- seá no calçadom. Cada mulher que mal olhava pra mim, o meu Prunilde já me tava um piliscom.

Ah Prunilde, pára de ciúme, parra também de me chuta com tuas potas. Se tu me grita eu já te corto a asa e te mando pra casa arancá mantioca.

Taí comprei umas palas e uns chocolates, dei pra mulher que se acalmou e sequiu pelas calçada espiando as vitrini. Dali a pouco minha Prunilde sumiu.

E eu curia pra cá, e eu curia pra lá. Só xente estranha. Ohh meu Deus que confusão. Perdi a Prunilde no meio do povo e, que dor miserável, autch, no meu coraçom.

Ah Prunilde, onde tu foi, to preocupado contigo meu quer- rida. Ah Prunilde, o teu alemom de tom nervosom já tá com tor na pariga.

De tom nervoso fiquei com tor na pariga. Numa farmácia entrei corendo lixero. Me perguntaram: - qualé o remédio senhor? Taí eu tisse: - a chave do panheiro.

Taí falaram: - fica aquartando na porta. E eu ali apertado, bem humilde e, derepente o panheiro se apriu e, de dentro saiu, aihhhh minha Prunilde.

Ah Prunilde, que papelom, de tom nervoso eu quase fiquei careca. Vamo pra casa e, assim que nós checá, você vai lavá o meu calça e o meu cueca.


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